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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mantenha seu coração sempre jovem II

A chave para conservar o órgão sadio e tinindo como novo - ou pelo menos fazer com que o envelhecimento seja mais lento - é o controle dos fatores de risco. Saiba na prática o que isso significa e comece agora a se cuidar

RECONHEÇA-SE... E SAIBA COMO AGIR

Levantamos alguns casos comuns, que chegam diariamente aos consultórios cardiológicos, e pedimos ao médico Nabil Ghorayeb para fazer uma pequena análise de cada situação. Um desses perfis pode ser o seu. Aprenda a reconhecer os riscos que rondam o coração e saiba o que mudar para preservá-lo.

HOMEM, 25 ANOS, peso normal, colesterol elevado, fumante, estressado, atividade física eventual (futebol com amigos).
O fato do colesterol estar elevado nessa idade exige investigação para afastar chance de herança genética, independente dos níveis do colesterol. Freqüentes erros alimentares (fast food) são comuns nessa faixa de idade e produzem aumentos do colesterol e triglicérides, mesmo em indivíduos sem antecedentes familiares. Fumar passa a pesar como problema cardiovascular a partir de 10 a 15 anos consumindo 20 cigarros por dia, principalmente os de baixos teores. Em relação ao estresse, a orientação é contorná-lo — e não combatê-lo — com medidas eficientes: desde atividade física regular (três a quatro vezes por semana) a lazer (leitura, cinema ou outros de sua preferência).

HOMEM, 30 ANOS, circunferência abdominal 95 cm, triglicérides elevado, colesterol e pressão normais, sedentário.

A medida de sua circunferência abdominal é motivo para uma avaliação mais precisa em consultório médico. Quanto ao triglicérides elevado, deve-se à alimentação errada. Esse tipo tem que mudar a dieta urgente. É preciso fazer, principalmente, uma reeducação alimentar — controlando o consumo de carboidratos e doces —, bem como incluir a prática de atividade física, pelo menos de três a quatro vezes por semana.

HOMEM, 50 ANOS, peso normal, ex-fumante (parou há cinco anos), praticante de atividade física regular (corrida três vezes por semana), refeições balanceadas, triglicérides elevado, colesterol normal.
Corrigir os fatores de risco — como abandonar o tabagismo — diminuem as chances de problemas cardiovasculares, mas não os anulam. No caso do cigarro, por exemplo, quando a pessoa pára de fumar, só estará livre dos malefícios em relação ao coração após 10 anos. Nos dois primeiros anos após largar o cigarro, os riscos diminuem 50% — os outros 50% levam oito anos. Para o triglicérides elevado, as recomendações são a prática regular de atividades físicas e reeducação alimentar (reduzindo a ingestão de doces, carboidratos, gorduras e álcool).

HOMEM 60 ANOS, peso normal, ex-praticante de atividade física regular (natação até os 50 anos), colesterol e triglicérides normais.

Engana-se quem pensa que com esses anos todos de esporte, o indivíduo está protegido de problemas do coração. Isso porque atividade física não é ‘poupança’, onde você investe uma quantia e colhe ‘rendimentos’ depois. Ou seja, ela só traz benefícios enquanto é praticada. A partir de 15 dias após sua interrupção, perde-se o condicionamento. Após seis meses, perde-se completamente os benefícios adquiridos. E fazer exercícios menos que três vezes por semana não traz benefícios; mais do que cinco não acrescenta. O ideal é de três a quatro vezes por semana. A atividade física pode ser de leve a moderada, porém regular.

HOMEM, 45 ANOS, acima do peso, fumante, sedentário, estressado, histórico de doenças cardíacas na família.

O histórico familiar tem que ser valorizado, especialmente se os pais tiveram doença cardíaca ou acidente vascular cerebral (AVC) com menos de 60 anos. Esse fator aumenta muito as chances do indivíduo vir a desenvolver problemas cardiovasculares. Aqui, é preciso fazer uma série de correções: ele tem que diminuir o peso, parar de fumar, equilibrar as refeições, incluir uma rotina de atividade física e lazer. É essencial também realizar uma avaliação completa das alterações das gorduras sangüíneas, glicose, colesterol e triglicérides, bem como submeter-se ao teste ergométrico, supervisionado por médico.

MULHER, 25 ANOS, acima do peso (circunferência abdominal 84 cm), sedentária, estressada, histórico de diabetes na família, refeições balanceadas.

As refeições balanceadas não a redimem de outros erros. A recomendação é manter a dieta equilibrada e incluir, obrigatoriamente, atividades físicas de três a quatro vezes por semana. Isso ajudaria a corrigir o peso, controlar o estresse e a evitar um possível aparecimento do diabetes (que é uma herança familiar).

MULHER, 40 ANOS, peso normal, praticante de atividade física regular (corrida três vezes por semana), colesterol normal, histórico de diabetes na família.

Se um dos pais é diabético, essa pessoa tem 25% de chances de desenvolver a doença. Se os dois são, os índices aumentam para 75%. Vale lembrar que a morte por doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Para minimizar os riscos, ela deve evitar o consumo exagerado de doces (principalmente) e carboidratos, além de manter os exercícios físicos obrigatoriamente.

Fonte: Revistavivasaude

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