A chave para conservar o órgão sadio e tinindo como novo - ou pelo menos fazer com que o envelhecimento seja mais lento - é o controle dos fatores de risco. Saiba na prática o que isso significa e comece agora a se cuidar
POR YARA ACHÔA E STELLA GALVÃO FOTOS FERNANDO GARDINALI
Ele é um órgão muscular oco, localizado no meio do peito, sob o osso ester no, ligeiramente deslocado para esquerda. Em uma pessoa adulta, o coração tem o tamanho aproximado de um punho fechado e pesa cerca de 400 gramas. É uma espécie de bomba hidráulica de paredes musculares, cuja finalidade é impulsionar o sangue oxigenado (ou arterial) que vem dos pulmões para toda a circulação. Em repouso — enquanto você lê essa reportagem, por exemplo — pulsa em uma freqüência média de 60 a 100 batimentos por minuto. Você nem se dá conta de suas funções — afi- nal, o funcionamento é involuntário —, mas ele está aí, batendo forte, para o bem de sua saúde.
Mas muita gente também não percebe — ou minimiza — os vilões que rondam o órgão vital. Bem estabelecidos desde a década de 70, os fatores de riscos para doenças cardiovasculares correspondem à pressão alta, sedentarismo, tabagismo, diabetes tipo 2, histórico familiar, alterações nas taxas de colesterol e faixa etária. Atualmente, eles ainda dividem a cena com os chamados fatores metabólicos — os relacionados a transformações bioquímicas que ocorrem no organismo. Portanto, o motivo de preocupação hoje passou a ter o nome de fatores cardiometabólicos, ou seja, que representam uma resposta do corpo a excessos (alimentares, por exemplo) e escassez (de atividade física, de alimentação rica em fibras). Em resumo, circunferência abdominal maior que 90 cm para homens e 80 cm para mulheres; altas taxas de açúcar e de gordura (triglicérides) no sangue; taxa de colesterol e pressão elevados. “A dieta adequada e a atividade física são fortes protetores contra esse subgrupo de fatores de risco”, diz o médico Álvaro Avezum, diretor da Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo.
CICLO PERIGOSO
O acúmulo de gordura na barriga (notado pela medida da circunferência abdominal); o aumento de açúcar no sangue (glicemia); muito LDL (colesterol ruim) e pouco HDL (colesterol bom); nível elevado de triglicérides (gordura no sangue) e pressão alta predispõem às doenças cardiovasculares e ao diabetes que, conseqüentemente, torna-se um dos grandes vilões do mau funcionamento do coração.
(FONTES: SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, ABESO)
Por que é preciso fazer alarde? Simples: essas doenças sempre foram a principal causa de morte global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), matam 17 milhões de pessoas por ano — ou um terço de todas as mortes anualmente. Para escapar dessas estatísticas há que se mudar os hábitos de vida. Viva Saúde ajuda você nessa cruzada, trazendo um teste de risco coronariano, elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, além de dicas apontadas por especialistas.
Teste
Em cada faixa, escolha apenas uma alternativa, tomando como base seus dados pessoais. Some os valores dos quadradinhos e confira o resultado.
FUMO
Nunca fumou - 0 | |
Ex-fumante ou fumante de charuto, cachimbo sem tragar - 1 |
Menos de 10 cigarros por dia - 2 | 10 a 20 cigarros por dia - 8 |
21 a 30 cigarros por dia - 9 | 31 a 40 cigarros por dia - 10
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