Em vista disso, muitas empresas de grande porte vêm tomando medidas inovadoras e até surpreendentes na modificação de suas mercadorias. A empresa Natura é um exemplo. Há cerca de dois anos, o grupo vem estudando a criação de uma linha completa em formato de pó – isso mesmo, de pó! Pelos planos da companhia, Xampus, condicionadores e cremes dessa futura linha seriam entregues aos consumidores em pequenos pacotes contendo um pó que, uma vez adicionado numa certa quantidade de água, transformaria-se num cosmético com a mesma qualidade dos tradicionais.
Em vez de esparramar o líquido na mão para, em seguida, passar na cabeça, você teria de abrir um pequeno sache (ao estilo de sucos como o Tang), despejar num recipiente, adicionar água, dissolver e só então aplicar. E qual a vantagem do trabalho extra? A inovação significaria reduzir drasticamente o uso de embalagens plásticas feitas de petróleo – um recurso não renovável – que acomodam os produtos. Por ser concentrado, o cosmético usaria menos água na sua fabricação. Sem falar na diminuição de emissões de gases poluentes no transporte. Uma caixa que acomoda hoje dez tubos com quase meio litro de xampu cada levaria centenas de saches com o pó – o que faz cair o número de viagens e, consequentemente, o uso de combustível. “O novo produto teria, em média, só 10% do peso do original”, diz Daniel Gonzaga, diretor de Pesquisa e Tecnologia da Natura.
A Natura é, pois, um exemplo de que o consumo e a atitude empresarial podem sim serem transformados em benefício do nosso meio ambiente. Basta que nos conscientizemos do nosso papel, que as empresas, ávidas por vender mais e mais, adequarão seus métodos e suas linhas de produtos á nova realidade que se faz necessária. `
Para se ter uma ideia da nossa importância, enquanto consumidores, para a proliferação desses produtos, a Natura só não lançou a sua nova linha por um simples motivo: ela ainda tem medo que as novidades não sejam bem aceitas. Em outras palavras, ela ainda não tem certeza se estaremos dispostos a pagar um pouco mais por produtos “ecologicamente corretos”…
Fonte: Blog do Planeta
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