Quando elas retornam à colméia transferem o néctar coletado para as “abelhas engenheiras”. Essas sim são responsáveis pela produção do mel e para isso, o primeiro passo é retirar o excesso de umidade. As engenheiras tomam o néctar das campeiras estendendo a tromba (um parte alongada da boca) e sugando rapidamente. Ela manipula o mel dentro da boca, vai para uma parte da colméia onde o produto será estocado. Com a cabeça erguida, por várias vezes, estica e retrai a tromba. Esse processo expõe a gota de néctar à ação do ar e provoca a sua evaporação, resultando num produto mais concentrado para só aí, ser depositado na célula (favo).
Durante esse processo de retirada da umidade, as abelhas introduzem através da saliva enzimas como a invertase que converte o açúcar do néctar em dois outros açúcares: glicose e frutose e a glicose oxidase, que convertem glicose em ácido glicônico, o que torna o mel ácido e protege contra as bactérias que o fariam fermentar. Uma vez depositada e preenchida a respectiva célula, esse produto (que ainda não é mel) será lacrado com cera pelas abelhas e só depois de 48 horas, teremos o mel.
O objetivo principal da produção de mel é exatamente manter o suprimento alimentar da colméia. Ou seja, as abelhas se alimentam vigorosamente do próprio mel que produzem. Além disso, se alimentam de pólen que geralmente vem preso nas pernas “peludas” das campeiras. Alguns apicultores chamam o pólen de “pão de abelha”. É como se ele fosse uma variação no cardápio alimentar!
Quando as abelhas campeiras pegam o néctar, também carregam o polén das flores presos nas pernas. Além de ajudar na polinização, elas ainda levam um lachinho para as colegas de trabalho!
Após o processo de redução do néctar e das reações químicas, o mel é estocado nos favos e lacrado com cera!
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