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terça-feira, 13 de abril de 2010

DIA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO

13 de Abril - Dia do Hino Nacional Brasileiro

Sempre emociona se tocado em grandes ocasiões e, principalmente, quando os nossos atletas sobem ao pódio, elevando cada vez mais o nome de nosso país.

Você sabia?

Ele foi tocado pela primeira vez em 1831 e só em 1909 ganhou a letra de Joaquim Osório Duque Estrada.

Em 300 anos de história, o Brasil, a rigor, não teve hino algum que fosse seu. Também em Portugal, até o século XVIII, só se cantava o Hino do Rei, que era mudado toda vez que morria um monarca. Pois o Brasil, mesmo depois de sua independência, por nove anos viveu sem hino.

A história do Hino Nacional Brasileiro é pouco divulgada e geralmente se limita a uma breve referência aos autores da letra e da música. No entanto, ela é riquíssima e reflete os momentos mais importantes de nossa História.

O hino brasileiro nasceu ao calor das agitações populares, num dos momentos mais dramáticos de nossa História, quando a independência do Brasil vacilava em razão dos desmandos autoritários do mesmo soberano que a proclamara. Para comemorar a abdicação de D. Pedro I, forçada pelo clamor dos patriotas, Manuel da Silva (discípulo de José Maurício e, por algum tempo, de Segismundo Newkomn) refez o hino, que criara em 1822, para saudar nossa emancipação política e que se transformou num grito de rebeldia da Pátria livre contra a tutela portuguesa.

Por mais incrível que pareça, durante quase um século, o Hino Nacional Brasileiro foi executado sem ter, oficialmente, uma letra. As muitas tentativas de acrescentar um texto à música não vingaram.

Os versos não eram bons: os primeiros, carregados de ressentimentos, insultavam os portugueses; os outros pecavam pelas bajulações ao soberano reinante. Assim, a composição de Francisco Manuel da Silva - uma marcha destinada à consagração do hino - só em 1909 recebeu uma letra definitiva. E apenas em 1922, finalmente completa, foi oficializada como Hino Nacional Brasileiro.

Segundo Luís Heitor de Azevedo Correia, o Hino Nacional Brasileiro foi cantado pela primeira vez no cais do Largo do Paço (ex-cais Faroux, atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), executado entre girândolas de foguetes e vivas entusiásticos, quando da partida de D. Pedro I. Portanto, em 13 de abril de 1831.

Uma letra para o Hino Nacional

Somente em 1906, Coelho Neto propôs à Câmara dos Deputados que fosse dado ao Hino Nacional um só poema, proposta esta que só se concretizou 16 anos depois. Assim a letra definitiva do Hino Nacional foi escrita em 1909, por Osório Duque Estrada. Porém só foi oficializada por Epitácio Pessoa em 1922, às vésperas do 1º Centenário da Independência. Por ter sido originalmente criada para execução em orquestra, a música foi adaptada para também poder ser cantada.



Todas as Pátrias têm sua Bandeira e seu Hino, que são sagrados. O Hino Nacional Brasileiro constitui, por sua significação histórica, um símbolo Nacional.

Sua música foi feita pelo maestro Francisco Manuel da Silva (1795-1865), quando D. Pedro I abdicou, sendo cantado pela primeira vez, com outra letra, em 13 de abril de 1831, num ambiente exaltado para comemorar a vitória dos patriotas brasileiros. O hino exprimia então a independência e a liberdade.
Mais tarde, em 1840, na coroação de D. Pedro II, foi cantada outra vez, com letra referente ao fato, significando a esperança dos brasileiros em ver a Pátria unida e livre das guerras entre irmãos.

Depois, na Guerra do Paraguai, é ainda a mesma música que enche os campos de batalha, encorajando os brasileiros a enfrentar a luta.

Quando se proclamou a República, vários hinos foram apresentados, em concurso, para a escolha do Hino de nossa Pátria. E a música de Francisco Manuel foi consagrada como o Hino Nacional Brasileiro.

Em 1922, no ano do centenário de nossa Independência, foi adotado com a letra do poeta, professor, crítico literário, integrante da Academia Brasileira de Letras e jornalista carioca Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927), vencedor de um concurso público para a escolha da letra.

Texto de Micaldas Corrêa retirado da "Cartilha da Mocidade", de sua autoria.

Leia em letras verdes a "tradução" dos versos "incompreensíveis" deste hino, com definições dos Dicionários do Aurélio da Língua Portuguesa e do Houaiss. As frases foram colocadas na ordem direta e com algumas palavras interpretadas na forma poética, não apenas ao pé da letra como seria na linguagem daqueles tempos.

Hino Nacional Brasileiro

I

Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Às margens plácidas (mansas) do (Riacho) Ipiranga, ouviram o brado retumbante (impetuoso, forte) de um povo heróico,
e, nesse instante, o sol da liberdade brilhou
em raios fúlgidos (resplandecentes) no céu da Pátria.

Se o penhor desta igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Se conseguimos conquistar com braço forte
o penhor (compromisso, a garantia
) dessa igualdade
o nosso peito desafia a própria morte, em teu seio, ó liberdade.

Salve! Salve!
Ó Pátria amada
Idolatrada.

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Brasil, um sonho intenso,
um raio vívido (ardente)
de amor e de esperança à terra desce,
se a imagem do Cruzeiro (Constelação austral, característica de nosso hemisfério) resplandece
em teu formoso céu risonho e límpido (limpo).

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Gigante pela própria natureza,
és belo, és forte, (és) impávido (destemido)
colosso (de enormes dimensões),
e essa grandeza espelha o teu futuro.
Brasil, ó Pátria amada,
és tu, terra adorada,
entre outras mil!
Brasil, Pátria amada,
és mãe gentil dos filhos deste solo!

II

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Deitado eternamente em berço esplêndido (deslumbrante, cheio de riqueza),
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras (cintilas), ó Brasil, florão (preciosidade) da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".

Teus risonhos(e) lindos campos têm mais flores do
que a terra mais garrida (mais alegre, faceira).
No teu seio, nossos bosques têm mais vida, e nossa
vida (tem) mais amores.

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.

Brasil, o lábaro estrelado (a bandeira com as estrelas),
que ostentas (exibes com orgulho)
seja símbolo de amor eterno
e o verde-louro desta flâmula
(verde e amarelo desta bandeira) diga:
- Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Mas, se ergues a clava forte (arma pesada) da justiça,
Verás que um filho teu não foge à luta,
(verás que) quem te adora, não teme a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Brasil, ó Pátria amada,
és tu, terra adorada entre outras mil.
Brasil, Pátria amada,
és mãe gentil dos filhos deste solo.


Fonte: Velhos Amigos

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