Massa: 'Se meu acidente fosse 10 anos atrás, talvez eu não estivesse aqui agora'

Próximo de voltar a pilotar em um GP, piloto afirma que não se lembra do acidente e que chegou a brigar com esposa para retornar logo às pistas

Quando sentar no cockpit da sua Ferrari no dia 14 de março, no Bahrein, Felipe Massa vai acabar com uma angústia de mais de sete meses sem disputar um Grande Prêmio. Nesse período muita coisa se passou: conversas mais tensas com a esposa Raffaela, nascimento do primeiro filho e o sentimento de alívio por ter superado este momento difícil. Atingido no capacete por uma mola que se soltou da Brawn de Rubens Barrichello no GP da Hungria do ano passado, o piloto acredita que, se não fosse a tecnologia da atual Fórmula 1, o desfecho da história poderia ter sido pior.

- Se meu acidente fosse 10 anos atrás, talvez eu não estivesse aqui agora. Com essa tecnologia que temos agora, os capacetes podem salvar sua vida. Foi por pouco, mas eu estou aqui. Depois do (Ayrton) Senna, tudo mudou – disse o piloto ao jornal inglês The Independent.

Após o acidente, o piloto precisou de 79 dias de recuperação para voltar a pilotar um carro da Ferrari. Em fevereiro desse ano, nos testes da pré-temporada, Massa conseguiu guiar seu F10 sem qualquer problema.

- Não me recordo de nada. Me lembro de estar correndo antes, mas não do acidente. Eu nem me lembro do momento em que eu acordei três dias depois, só de meia hora após ter acordado. Eu pensei que não iria perder uma corrida sequer e cheguei a brigar com minha esposa por causa disso – disse Massa.

Só quando retornou ao Brasil que Massa foi ver que o acidente foi mais sério do que ele realmente pensava.

- Porém eu não demorei a muito a perceber o que estava acontecendo. Voltei a o Brasil para que eles observassem se teria a necessidade de uma segunda operação. Era bem mais grave do que eu pensava, mas eu nunca senti que teria que parar de competir.

Passado o susto, o brasileiro, que teve seu primeiro filho no final do ano passado, prefere esquecer momentaneamente o acidente do GP da Hungria e sua família para se concentrar apenas em guiar seu carro.

- Quando estou pilotando eu nem lembro que tive um acidente e também nem penso que tenho um filho. Quando eu paro na garagem e olho no retrovisor eu posso ver que sofri um acidente porque posso ver a cicatriz acima do meu olho e então com certeza eu me lembro do meu filho. Mas estas coisas trazem experiência para a minha vida e me motivam a continuar seguindo.

fonte: http://globoesporte.globo.com